
Por aqui, só de pensar, chega a dar aquele frio na espinha. Se a menopausa costuma assustar, principalmente por conta dos seus sintomas, a menopausa precoce, então, parece filme de terror.
Mas ela é real. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), 1% das mulheres com menos de 40 anos enfrentam esse problema. Já entre as pessoas com idades entre 40 e 45 anos, a taxa é de 5%.
Apesar de ser uma situação complexa, falar sobre o tema, seus principais sintomas e tratamentos pode ajudar a passar por esse período de forma mais leve.
Pensando nisso, criamos este artigo, para te explicar tudo o que precisa saber sobre esse tema. Tenha uma ótima leitura!
O que é a menopausa precoce?
A menopausa ocorre quando uma mulher para de menstruar e de produzir óvulos, devido à diminuição dos hormônios. Geralmente, ocorre entre os 45 e 55 anos, interrompendo assim a vida reprodutiva.
Quando isso acontece antes dos 40 anos, é considerado um caso de menopausa precoce, também conhecida como falência ovariana prematura.
Vale dizer que não é um mês sem menstruar que caracteriza o problema – até porque o ciclo menstrual irregular pode ser causado por outros motivos.
No entanto, a partir do terceiro mês, é possível iniciar a investigação por meio de exames de sangue, que devem ser solicitados e analisados por um especialista.
As principais causas da menopausa precoce
Na verdade, em 90% dos casos, não há uma causa exata para esta condição. Ela pode estar relacionada a fatores genéticos, intervenções cirúrgicas, terapias hormonais, quimioterapia ou radioterapia.
O tabagismo e o uso de outras drogas também representam fatores de risco, uma vez que essas substâncias afetam negativamente o funcionamento dos ovários.
Além disso, o histórico familiar, doenças autoimunes – como as alterações de Tireoide – deficiências enzimáticas e doenças infecciosas podem contribuir para seu desenvolvimento.
Portanto, é difícil determinar uma causa específica. O recomendável é investigar o seu caso junto ao médico.
Principais sintomas da menopausa precoce
Para a surpresa de muitas mulheres, ela pode chegar sem apresentar sinais, exceto pela ausência da menstruação.
Outras, no entanto, costumam experimentar os mesmos sintomas da menopausa “normal”, variando apenas na intensidade de mulher para mulher.
Todos eles ocorrem devido à interrupção na produção de hormônios.
- Ciclo menstrual irregular, com intervalos longos até a ausência total da menstruação.
- O famoso “calorão”, com suor excessivo, principalmente durante a noite.
- Alterações frequentes de humor, passando por momentos de tristeza profunda.
- Secura vaginal e diminuição da libido.
- Queda de cabelo.
- Cansaço frequente e falta de energia para realizar as atividades do dia a dia.
- Entre outros.
Às vezes, o uso de contraceptivos hormonais pode mascarar alguns sinais. É por isso que é importante acompanhar os fatores de risco e manter consultas periódicas com um ginecologista.
Alternativamente, é possível tratar apenas os sintomas e complicações. Suplementos, como o de melatonina, ajudam você a dormir melhor e proporcionam uma noite de sono de qualidade – refletindo em mais energia e ânimo durante o dia.
Já para aliviar os sintomas físicos, é possível incluir na rotina de cuidados íntimos produtos como hidratantes, espumas de higiene, entre outros. Quando formulados com componentes naturais, eles ajudam a manter a pele da vulva saudável e proporcionam mais conforto e bem-estar.
No entanto, é importante ressaltar que tudo deve ser indicado e acompanhado pelo seu médico de confiança.
Possíveis complicações da menopausa precoce
A menopausa precoce ainda pode causar algumas complicações. Por isso, é importante ficar atenta aos sinais e procurar um diagnóstico e acompanhamento médico.
Entre as mais comuns, podemos citar:
- questões emocionais, como ansiedade, depressão e alteração de humor;
- problemas oculares, como desconforto e visão turva, que podem causar danos permanentes na visão;
- impacto muscular, principalmente ao redor das artérias, aumentando o risco de endurecimento;
- falta de energia e lentidão mental, causadas pelo baixo nível hormonal;
- risco de osteoporose, que, por sua vez, provoca o aumento do risco de fraturas.
Existe tratamento para menopausa precoce?
Finalmente, uma boa notícia: ela pode, sim, tem tratamento!
Em geral, ele é feito através da reposição de hormônios, como estrogênio (em casos de mulheres sem o útero) ou progesterona e estrogênio (em casos de mulheres com o útero).
Além de aliviarem os incômodos físicos, esses hormônios contribuem para a manutenção da massa óssea e redução do risco de complicações.
Alternativamente, é possível tratar apenas os sintomas e complicações. No entanto, é importante ressaltar que tudo deve ser indicado e acompanhado pelo seu médico de confiança.
O que você pode fazer é adotar hábitos saudáveis.
Exercício físico regular, alimentação equilibrada (principalmente com uma dieta composta por alimentos integrais, sementes e soja) e cuidado com a região íntima, são atividades simples que você pode incluir na sua rotina para manutenção da saúde geral do corpo.
Além disso, a suplementação de colágeno, por exemplo, pode ajudar no bem-estar geral, proporcionando uma pele mais úmida e saudável, fundamental para aliviar sintomas como ressecamento íntimo.
Outra forma muito efetiva para passar por esse período de maneira mais tranquila, é encontrar um grupo de apoio para compartilhar sobre o tema.
Ao trocar informações e experiências, as mulheres podem apoiar umas às outras, fortalecendo um vínculo importante para passar por esse momento da melhor forma possível.
Consumir conteúdo de qualidade também é fundamental para conhecer o seu corpo e saber como cuidá-lo. E para ficar por dentro de mais dicas sobre o cuidado feminino, continue acompanhando a Int.Me no blog e nas redes sociais.
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